quarta-feira, julho 10

a falta que sobra e a abundância da desnecessidade


Essa é uma questão muito sutil, fique atento. A verdade é que o que acontece nos níveis corporais e mentais não afetam a Consciência que você é. No entanto, isso não é uma deixa para que você haja irresponsavelmente. Te foram dados olhos, boca e ouvidos para o mais puro deleite. Faça o melhor que pode ser feito com isso.

Para ilustrar, exemplifico uma atitude responsável: diante de um bolo cheio de morangos e merengue, uma verdadeira tentação ao seu paladar, você come todo o bolo de uma só vez, sem parar? Não. Não há essa necessidade. Você come uma fatia, compartilha com quem estiver por perto e vai apreciando aquilo aos poucos.

A Consciência é leve e, trazendo para o nosso contexto, satisfeita. Há uma satisfação anterior ao bolo e qualquer outro objeto. Por isso que reconhecer quem você é, deve ser o primeiro passo. Se você permanece lidando com os tais problemas psicológicos, físicos e mentais permanece correndo atrás do próprio rabo. 

Olhar para dentro, portanto, é fundamental. É impedir que a mente fique categoricamente repetindo, sem nenhum senso crítico, sem nenhum tipo de investigação, sem Observação. No ambiente da mente sempre haverá falta, no ambiente fora da mente você já é aquilo que contém tudo e todas as coisas.

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