segunda-feira, junho 17

Para não dizer que não falei de flores


















Quero acordá-lo para o fato de que existe a possibilidade de romper com qualquer herança vinda do passado. Você não precisa honrar sua herança – nem genética, nem cultural, nem social, nem econômica, nem religiosa, nem política.

Compreenda a História e permita-se um distanciamento, ou até mesmo a ruptura. Esse "processo" nos deixa ligados a um movimento visceral de você consigo mesmo.

A jovem lida com a mãe doente, o pai lida com o filho que está se drogando, a cidade vomita mil carros a mais por dia... criamos um habitat onde o sofrimento, a dor, é o padrão. O que surge nesse momento é: você vai continuar alimentando esse habitat ou se nega a alimentá-lo?

Você não mais alimenta este habitat, primeiramente, fundamentalmente, descobrindo quem é você. "Des-encobrir" é necessário, pois todo esse tempo as histórias, os hábitos, os mal-entendidos vêm soterrando a sua verdadeira natureza. Sem a nítida visão de quem é você, não importa a direção que você tome, não é uma questão de ética, de fazer o certo e não fazer o errado. Antes de mais nada, deve estar claro para você que os valores e os objetos que têm sido mantidos como incólumes, como patrimônios da humanidade devem ser questionados.

A nossa História, a história geral da humanidade, é um desastre. Com toda licença para o uso desse termo, ressalto que o que precisamos, mesmo, é de uma "lavagem cerebral coletiva", no sentido de que o cérebro das pessoas está tão emporcalhado que precisa ser limpo de alguma maneira. Porém, como o coletivo é mais difícil, levanto essa bandeira: comece limpando a si mesmo, internamente.

"Limpar-se", aqui, não propõe um processo terapêutico ou sócio-cultural. É o que você pensa que você é que deve ser rompido. Pratique o esquecimento, pratique – positivamente – o "Alzheimerismo". Esteja alerta dos buracos na rua e desvie deles, mas nada além disso. Abaixo a mente pensante! Desfrute do direito de ser Liberdade, em si, sem herança passada ou futura, aqui e agora. Pleno. Para não dizer que não falei de flores.

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