terça-feira, junho 4

a luz, o livro e o idiota universitário


Se você está preso à mente, é inegável que você esteja nessa sala, mas não é você que está na sala. O silenciamento, a aquietação da mente, esvazia de substância todas as coisas. Como é que você está agora? "Não sei" é um bom começo. Se você sabe, é porque você pediu auxílio da mente para conceber uma situação, descrevê-la, e você tem que acreditar naquilo. Se você não acredita, se você não pede para a mente, você não sabe. E quando é que isso termina? Não sei. Vamos ver?

Em realidade, não começa nem termina. De um ponto de vista está sempre terminando e do outro ponto de vista está sempre começando. E tem um outro ponto de vista onde não começa nem termina.

Você segue os pensamentos, acredita nos pensamentos e gera outros pensamentos que sugerem que você pare de seguir os pensamentos. Mas você não tem que parar os pensamentos, só não acreditar neles.

Dizem que você é um idiota e você logo pensa que tem que fazer alguma coisa... decide ir para uma universidade. Isso faz de você apenas um idiota universitário. Ora!

Se você olha para o lugar certo, nenhuma descrição toca você. E isso é uma visão, não é uma crença. Eu não quero que você acredite. Veja! Isso é o que liberta você dessa condição de prisioneiro de uma cela vazia. Você é um prisioneiro que é a própria prisão onde não tem nem prisioneiro. Veja se você me entende. Você está preso numa prisão, mas não tem ninguém preso e, eventualmente, você há de descobrir que não tem nem prisão. Você estava apenas sonhando.

Um livro é um livro somente de acordo com a sua mãe, de acordo com a mente. Mas experimente perguntar para ele o que ele é. De repente, existe um silenciamento.

Pondere: você realmente acredita nas descrições que a sua mente faz a respeito do que quer que seja? Se sim, então você não viu a luz ainda.

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