quinta-feira, maio 2

o constante contente


A mente propõe que você busque algo constante. Mas dentro da mente, nos objetos, no mundo, não existe constância. Você entende? 

Participante – Eu percebo que quero mais que isso.

Agora, então, é um bom momento para você investigar: quem é que quer mais? 

O Ser, o Silêncio que você é, não quer nada. É o constante, contente.

Olhe para dentro. Busque com sinceridade o mais profundo do Ser, vazio de conteúdo e imagens. E a melhor maneira de começar é através da destruição de toda a ideia acerca do corpo e da mente como sendo você. 

Ouça o que você está dizendo. "Eu quero mais". Mais o quê? E quem é esse que quer? A investigação deve ser empreendida de tal modo que a sua mente fique livre e qualquer querer seja inconsequente. 

A investigação não deve ser abandonada. "Quem sou eu?" – o koan, essa aparente pergunta, irrespondível – é a última coisa a ser abandonada. Os quereres, sim, serão abandonados – notáveis criadores de sofrimento. Todos os desejos geram sofrimento.

Participante – É um "cala a boca".

Sim, é um "cala a boca". Aquiete-se. É isso: permanecer no instante presente. Como se fosse possível alguma outra coisa! Porque, aqui e agora, no instante presente, você não precisa de absolutamente nada. Porque não há quem precise. Essa ausência é você. 

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