terça-feira, abril 9

observar: a diáfana realidade do absoluto


Um dos pontos que sublinho no encontro que chamo de Experiência Zero é a eternidade da observação, o fato dela não ser perdida sob hipótese alguma. Você já se deu conta disso? Experimente agora: pare de observar e descreva o que ocorreu.

Participante – Vazio.

Vejo que a desatenção é realmente um atributo do ser humano. Acompanhe: se você observou que "vazio" ocorreu, como é que você parou de observar? Quem percebeu o "vazio", então?

Está implícito que a observação nunca deixa de acontecer. O que normalmente é descrito como parar de observar é aquele momento em que não existem pensamentos ou imaginação. O que relata um grande equívoco: o senso-comum pensa que a observação seja um atributo da mente.

Quando não há pensamentos, sensações ou qualquer tipo de imaginação ocorrendo, não significa que não haja observação. É possível haver lapsos de segundos sem pensamentos ou imaginação. Porém, nesse instante, você está observando a ausência de pensamentos. A observação é perene.

É isso o que você tem buscado e não encontra porque tudo o que você conhece, conhece através da mente. Estamos aqui para nos aproximarmos de uma realidade que há além do corpo, além da mente – Observação é a realidade do buda.

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