segunda-feira, agosto 20

sem você, o fútil


Trago uma fala do Osho que acho particularmente magnânima, ele diz: "Enquanto você não souber quem você é, tudo o que você faz na vida é fútil". Isso acontece porque você parte de uma premissa ilusória, baseado numa estrutura já existente.

Como chegar à realização daquilo que É, partindo de algo ilusório? Veja bem: para chegar em Porto Alegre, você deve primeiro saber onde você se encontra e em seguida saber que direção tomar. E se você já está em Porto Alegre, o que precisa fazer para chegar em Porto Alegre? A distância, o caminho é uma ilusão.

Na realidade do Ser, você não está em ponto algum e não precisa chegar a nenhum ponto. O ponto de chegada é aqui e agora. Você é aquilo que você busca. E, nesse sentido, o que quer que seja traçado, delineado para você como busca é errôneo, vai levá-lo para algum outro lugar.

Por isso que buscar de si mesmo, quando não bem orientado, pode findar num engano. Na busca de si, você se divide em dois. Quem está buscando a si? Em Essência, se você já é aquilo que você está buscando, o que buscar?

O que acontece é que, equivocadamente, você busca por uma ideia de si. Na verdade, você não quer encontrar a Si mesmo, você quer encontrar aquilo que os outros descrevem como seu verdadeiro eu. Logo é traçado um ideal, uma meta. Você pensa: "Quando eu estiver andando como Osho... ou quando eu não suar como Mahavira... aí sim estarei realizado".

Compreenda o mínimo a respeito da Consciência que você é, e verá que você também não sua. Seu corpo sua, Aquilo que você é não sua. Os mitos se tornam ideais não investigados e acabam assumindo o papel de setas contrárias ao objetivo de encontrar a Si. Portanto, cesse todo esse fluxo de informações vindas do passado e realize agora quem você é. Antes disso, toda a sua vida será fútil.

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