quarta-feira, julho 4

de onde você vem, para onde você vai?
















Permita-se compreender esta linguagem que tem sido completamente oculta. Todas as histórias do Zen, que você lê e não entende o que querem dizer, deverão ser entendidas. Elas estão falando de uma linguagem que só faz sentido para os iniciados. Acalme-se e coloque-se no seu lugar – você está em casa. A partir desse instante, você lê e vê, no dia a dia, que tudo está claro.

Há milênios o homem tem descoberto isso e passado para aqueles que querem saber - e me parece que estamos num momento em que é necessário que muitos saibam. Seja um deles. Saiba quem você é! Chega de se confundir com os sentimentos, com seu corpo e com a sua mente. O Osho dizia: “Você não é o seu corpo, você não é a sua mente”. E não somente o Osho, mas também Buda e todos os mestres disseram e dizem.

Aqui, a Consciência está falando e é Ela que está ouvindo. Sua mente não é necessária, ela é inexistente, não tem consistência. Numa certa medida, o que está sendo apresentado é impossível porque vai contra um trilhão de coisas que vocês têm vivido como realidade. Portanto, você tem que ser um tanto arguto e corajoso para ver o que está sendo apontado.

A propósito, uma história Zen que acho magnífica:

Um monge bateu à porta de um mosteiro. Outro monge abriu a porta e perguntou para aquele que estava chegando: “De onde você vem?” O monge que chegava, respondeu: “Para onde você vai?” São duas perguntas: “De onde você vem?” e “Para onde você vai?” Então, eles sorriram, fizeram “Namastê” um para o outro e a porta foi aberta.

Qual é o sentido que isso tem para você? Qual é o sentido que isso tem para o senso comum? Dentro do contexto histórico de um mosteiro Zen, eu não venho de lugar nenhum e você sabe que eu venho daquele lugar de onde você também vem. Ou seja, ninguém vem, ninguém vai. Aquilo que você verdadeiramente é, não vem, nem vai para lugar algum. Aquilo está sempre no mesmo lugar e, por incrível que pareça, não é um lugar, é a ausência de lugar. 

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