sexta-feira, janeiro 6

o ir do não sei


Se você se aquieta, e quietude é você, o seu corpo faz o que lhe compete, sem nenhuma interferência. Experimente por si mesmo, veja!
Visite o ambiente do buda o máximo que puder, visite a sabedoria da Consciência o máximo que puder – até que não haja mais distinção entre você e a Consciência.
No começo, parece haver distinção, parece haver separação, porque a sua atenção está focada em inúmeras coisas. Ora você está alerta disso, outrora daquilo. Já a Consciência é contínua, ela não sofre interrupção – e isto é você.
Estou o convidando a olhar para sua essência, aquilo que é natural em você. Uma vez que você veja e aceite, fica transparente aquilo que não começa nem termina, aquilo que permanece presente apesar de tudo. Diante disso, você está de mãos vazias, pois nada do que lhe foi ensinado consegue definir ou ser aplicado neste mistério. 
Um mestre perguntou ao seu discípulo:
- Aonde você está indo?
- Eu vou por aí
- Por aí onde?
- Não sei.
- Não saber é um bom jeito de ir – concluiu o mestre.
Permaneça no não-saber e você estará ininterruptamente em sintonia com a Consciência. Só a mente insiste em saber e dar sentido a tudo – ela pensa que sabe. A graça de estarmos reunidos está em reconectar e ressaltar o ininterrupto como absolutamente primordial. 

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