sexta-feira, outubro 22

Agora não é hoje




















A mente sempre nos olha com condenação.
O Silêncio não condena.
O Silêncio aniquila 'você'.
Não fica 'você' em lugar nenhum.
'Você' desaparece.
E no lugar desse 'você' só tem Silêncio –
livre, observativo.

A mente condena e vive disso.
Já no Silêncio, nem mesmo o 'meditador' sobrevive.
No Silêncio não existem expectativas ou planos de futuro.
O Silêncio grita: “O Agora é suficiente!”
E isso altera tudo.
No momento em que começa a ter esse vislumbre,
você nota que não há nada que tenha relevância para Aquilo que você é.

Sosan disse: “Nem amanhã, nem ontem, nem hoje”.
"Hoje" ainda é uma descrição, baseada num referencial.

Agora não é hoje.
Agora é este momento onde não existe descrição possível –
permita-me chamar de momento, sabendo que não é um momento,
porque através da linguagem não tem outro jeito de dizer.
Mas, o Agora não é tempo.
No Agora não existe distinção entre isso ou aquilo.

O hoje ainda está acessível à mente.
O Agora não está.
No Agora não há mente, nem ego, nem você, nem nada.
Esse é o Silêncio.
E ver isso em totalidade, não é possível para a mente.
Embora às vezes a mente pergunte "como viver nesse Agora para sempre?”,
ainda assim é uma questão da mente.
O Silêncio sabe que nada precisa ser feito para viver o Agora,
porque é sempre Agora.

Mesmo enquanto você estiver caminhando no mundo da mente,
note concomitantemente o quanto o Silêncio não é afetado
pelas trapaças, pelas paranóias, pelas armadilhas que ela propõe.
O Silêncio não se importa com a mente.
A mente não cria nenhum problema para Ele.
Os obstáculos dizem respeito apenas à identificação de si mesmo
como sendo algo que você não é.
No momento em que você se desidentifica, nenhum problema mais existe.

Um comentário:

  1. Satya diz :

    "No momento em que começa a ter esse vislumbre,
    você nota que não há nada que tenha relevância para Aquilo que você é."

    Isto é incrível ! Não cabe dentro da mente !

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