quinta-feira, setembro 2

Esclarecer não é colocar o pingo nos "is"



















O que você precisa saber de verdade? Nada.
O que quer que você saiba, é emprestado de terceiros.
Entrando diretamente em contato, com o que quer que seja,
você fica totalmente suspenso no "não saber".

Essa é a inocência do sábio.
A infantilidade do ignorante é achar que ele sabe alguma coisa.
O meu convite é renovado: fique suspenso no "não saber".
E tudo o que você tinha como conceito palpável, se torna,
no mínimo, desestabilizado.
Nesse contexto, o papel do diabo é organizar.
O papel do anti-diabo é desorganizar.

Esclarecer não é colocar o pingo nos "is". É tirar os "is" dos pingos.
No Agora, fica apenas um céu estrelado
e um monte de pinguinhos sem "is".
Sai tudo... todas as letrinhas... E você retorna ao pó.
"Do pó eu vim, ao pó eu vou".

Essa é a morte metafísica. Comece a namorar com ela.
Dê-se conta do Silêncio - daquele momento trancendental -
compartilhado pelos budas.
Isso está totalmente acessível aqui e agora,
a você mesmo, do jeito que você é.
Mesmo que coma carne de porco...
Sim! Você pode comer carne de porco,
pelo mero vislumbre de que aquele que come não é você.

Os acontecimentos não passam de eventos na tela.
Eu sei que é árduo para você, porque mexe numa profunda crença.
Mas o mal é o que sai pela boca do homem, não é o que entra.
Ao ver "quem você é", de verdade, pode ver que não é você que come.
Este corpo não é você!

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