sábado, agosto 28

você é um ser humano?
















Do ponto de vista cultural ocidental, encontrar a verdade é quase uma blasfêmia,
porque há um condicionamento na nossa mente que afirma que cada indivíduo
possui a sua própria verdade. Mas do ponto de vista oriental,
do ponto de vista atemporal, encontrar a Verdade significa ficar em comunhão
com algo que é absolutamente único, intransferível e idêntico em qualquer indivíduo.

Partindo do ponto de vista do nosso condicionamento,
o que seria absolutamente idêntico entre cada um de nós?
Se testarmos conceito a conceito, chegaremos rapidamente à conclusão
de que não existe nada idêntico, que não há nada absolutamente igual.
Existem sempre divergências, diferenças. Porque a verdade concebida
pela nossa cultura é uma acumulação de conceitos, de experiências.
Dentro desse contexto, eu compartilho com você a minha acumulação
de experiências conceituadas e você faz o mesmo com a sua parte de
experiências absorvidas. E estando uma frente à outra, notamos que há divergência.
Assim, este seria um “encontro das verdades”, onde permanecemos indivíduos,
permanecemos separados pela nossa carga horária de ser humano.

Mas, olhando além disso, eu pergunto: você é um ser humano?
É inegável que a primeira resposta que venha a sua cabeça seja: “Sim. É óbvio que sou!”
E se você tiver alguma dúvida quanto a isso, socialmente, este é um sinal
de que você precisa ir ao analista. E é aí que começa um grande enredo.
Nos deparamos com algo bem mais complicado para mim,
do que para você que está sentado aí.
O grande enredo começa porque eu trago aqui a revelação de que
tudo o que você pensa que é, não é você.

Tudo o que você pensa que é, decorre de uma experiência que já passou.
Portando, você está sempre acessando um gravador, o qual chamamos de mente,
para remeter-se a esse “eu pensado”, dadas experiências passadas.
Mas quando o convido a estar em Satsang, a proposta é deixar de lado
tudo o que passou e entrar em contato com aquilo que está presente,
absolutamente, aqui e agora.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto!

    Adorei. Singelo e sem meias voltas ele vai direto ao ponto. Rsrsrsrs. Até quando ficaremos nos enganando em meras construções psico-sociais do tipo, "eu sou isso"; "eu sou aquilo"... ;)

    Vlw a cortesia do real compartilhar!
    Namastê. L.Janz

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