segunda-feira, abril 12

Um barco perdido bate, necessariamente, no paraíso

         
Tudo o que acontece tem que acontecer e, nesse sentido, nada acontece... 

Na periferia, as coisas acontecem. Elas vêm, vão, mudam de forma... inclusive você. Você era uma criança, um bebezinho, depois cresceu, ficou adolescente, depois virou uma mulher e, eventualmente, vai se tornar uma senhora. 

Tudo o que existe no corpo, na periferia, é uma mudança. Você muda de forma constantemente. No entanto, durante este processo todo, você tenta aprisionar, conter uma ideia de si. 

Dê uma olhada! Você tem falhado. Veja se você se lembra de tudo o que aconteceu? Não, tanta coisa já passou... E quando vê que o processo é como água corrente, você não tenta mais segurar a água com as mãos, você  a deixa correr. Tire as mãos da água e diga: “Estou livre desta, vá  para onde quiser”. 

Um barco perdido bate, necessariamente, no Paraíso - porque não tem nada mais que não seja o Paraíso! O que há? Oceano? Você vai sair do Oceano e cair onde? O Oceano é de onde você veio, de onde você nunca saiu. Você está sempre Aqui...

Não tem nada fora da Existência, a
não ser na sua imaginação. Não há nada fora da Consciência que você é. Você pode pensar que foi a Marte, ou que foi a princesa Isabel, mas isso não a torna a princesa Isabel. Você não é a princesa Isabel, você não é nem aquilo que está pensando que é, imagine a princesa Isabel!

Quando se dá conta que você não tem limite, não tem forma e que é tranquilo ser esse Ser que você é, porque não tem mais nada, o que pode te aterrorizar? Não tem nada fora do Ser que você é. O medo, a angústia, a ansiedade, todos esses sentimentos são periféricos, acontecem na ideia de separação. No momento em que você olha e vê que não está separado, tudo isso fica irrelevante, sem sentido. 

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