segunda-feira, dezembro 26

não vá a lugar nenhum


O Mestre sempre vai estar no seu caminho. Até que você queira ir a lugar nenhum mais. Enquanto você quiser ir a algum lugar, ele estará no seu caminho, ele é o empecilho, é um obstáculo. Porque ele é exatamente o obstáculo que você precisa para ver que todos os seus desejos estão lhe levando ao lugar errado.Entender essas coisas é muito difícil para a mente, porque a mente não pode conceber como é que ela não pode satisfazer seus próprios desejos. Qualquer um que atravesse o caminho de sua mente é seu inimigo. Eventualmente, ele precisa ser aniquilado, porque você tem que ter sucesso, porque você tem que chegar a sua meta.Osho diz: "Mestre é exatamente aquele que interfere nisto, porque ele sabe onde você está indo. Você não está indo a lugar nenhum. Você está indo para o lugar errado. Você está querendo chegar a algum lugar."O grande descanso, a grande descoberta, é que você não vá a lugar nenhum.
Satyaprem

sexta-feira, dezembro 9

...




meditação toma de você a necessidade de ter poder,
a necessidade de competir - que é vital para a sua mente.

s.a.t.y.a.p.r.e.m

segunda-feira, dezembro 5

mestre



O mestre real lhe frustra totalmente.
Ele não fala a linguagem dos seus desejos.
Ter qualquer coisa, não faz jus à linguagem do "SER".
O falso mestre fala a linguagem que você quer ouvir.
SATYAPREM

sábado, novembro 19

experiência zero


VOCÊ não é uma idéia,
você é a vida em toda a sua imensidão e beleza.
basta o reconhecimento em totalidade.
Satyaprem

terça-feira, novembro 15

observação da observação




quanto a esperar: vero.
o lance é conseguir sentar
e de lá ficar só olhando
olhando
olhando
e nem.
sabendo que a observação do objeto
pelo observador modifica o processo.
better: não há observação sem modificação
do objeto observado e do próprio observador.
ou, então, tudo é meio. resta sentar e observar
o observador e aí é que a porca torce o rabo.


Satyaprem
»» poemas da década de 80


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segunda-feira, novembro 7

meditação




Meditação não é uma técnica ou algo a ser feito,
é algo inerente, que está dentro de você.
Basta olhar para dentro.


Satyaprem



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terça-feira, novembro 1

entrevista




[Quem é você?] Olá Satyaprem! Agradeço sua presença nesta entrevista e não podia perder a oportunidade de começar com esta pergunta: quem é você?

[Satyaprem] Não tenho a menor idéia!

[Sobre iluminação] Satyaprem, você pode afirmar que é um iluminado? Por que? No que o estado de iluminação difere do estado de não-iluminação?

[Satyaprem] Não posso nem afirmar, nem negar. Quanto ao estado... Eis onde este diálogo fica obscuro. As perguntas feitas são reducentes. Iluminação não é um estado. Como uso dizer, é um pais inteiro, um planeta, um universo... Todos os estados acontecem e desacontecem no silêncio realizado, na luz. E ademais, aponta para a realização de que não há um eu/identidade. A qual em ausência não é nem uma coisa nem outra, não pode ser, por não ser existencial... Assim, não há "eu" iluminado. Não há "eu". Isso é iluminação. Que é a natureza de todos. No entanto, a diferença repousa na realização. A maioria ignora.

[Constatação] Satyaprem, suponho que você usou a palavra "realização" com o significado de "constatação" e em oposição a idéia de ignorância. É isto? Suponho, então, que iluminação é a constatação de que eu-não-existo e a não-iluminação é a ignorância desta verdade? É isto? Se for, minha pergunta é: se eu-não-existo como eu posso constatar minha não-existencia? [Satyaprem]Pois, Não é você quem constata. Há a constatação sem constatador... Por isso, r-e-a-l-i-z-a-ç-ã-o.

[O começo da busca] Satyaprem, suponho que você chegou a esta realização sem um realizador e foi assim que teve fim a sua busca. Mas já que começamos pelo fim, vamos voltar ao começo. Quando, como e porque começou a sua busca? Conte-nos os acontecimentos que o levaram a buscar. Narre os primeiros passos de sua busca.

[Satyaprem] Você tende a sinonimizar real-em-ação e consta-t-ação. No constar significa estar-em, dentro de, portanto, daria para entender que o real está dentro da mente que tem o mapa, consta na mente... No real-em-ação, o avesso fica evidente, a mente e seus mapas estão no real. E notáveis como irreal. O foco mudou sem alguém que o tenha mudado. A mente não entende... ou entende? A busca começa com a sensação de inadequação, descontentamento nas relações com o mundo. Como mudar o mundo fica impossível, fica claro o mudar a si mesmo. Eventualmente, o si mesmo revela-se ilusório. Ploft! Primeiros passos da busca: meu pai levou minha mãe num pic-nic. Fui com ele, voltei com ela. Entre milhões de espermatozóides um encontrou o óvulo. Ou será o óvulo que o escolheu? De qualquer forma, a busca é vida. Somos buscadores mesmo sem sabermos... O desenrolar dessa busca é inevitável. Tanto o buscar quanto o encontrar. Uns encontram no começo, outros no meio, outros no fim. Mas todos encontram. O "um" não se divide nunca, embora pareça. Fatos, eventos, tornam-se superficiais. Deixemo-los para a Revista Caras. Brevemente: drogas, espiritismo, umbanda, psicologia. Descontentamento. Osho veio como a resposta: meditação. Não como fim mas como meio. A meditação prepara. O fim não está nas nossas mãos.



Trecho de uma entrevista realizada no Orkut, na comunidade "Caneca na rede", por Marcelo Ferrari.

quarta-feira, outubro 19

totalmente livre


SEU CORAÇÃO BATE NO INSTANTE.
AQUILO QUE VOCÊ É SOBREVIVE NO BATER DO SEU CORAÇÃO,
E NÃO NO PENSAR DA SUA MENTE.
AQUILO QUE VOCÊ É NÃO É HOMEM NEM MULHER.
AQUILO QUE VOCÊ É
NÃO PODE TER NOME,
NÃO PODE TER TAMANHO.
AQUILO QUE VOCÊ É NÃO DEPENDE DA DISCONCORDÂNCIA
OU CONCORDÂNCIA DOS OUTROS.
VOCÊ É TOTALMENTE LIVRE...
TOTALMENTE LIVRE.
SATYAPREM



quinta-feira, outubro 13

PA




este livro é de uma importância extrema porque traz em sua raiz criativa e original a ambiguidade de ser em primeiro lugar obra de um rajneeshiano universal e em segundo lugar, ao mesmo tempo (simultaneamente) obra de um ser poético dadaísta antropofágico brasileiro nacionalista futurista.
é uma sequência de idéias e flashes da nova filosofia brasileira-universal em direção a nossa libertação pessoal-coletiva e na estrada budista-zen-etc-e-tal da iluminação do ser.
ele, satyaprem, lá do rajneeshismo nacional-universal entra sorrindo todo vestido da cor vermelha rubra da paixãoe da revolução dos socialismos mundiais e nacionais, existenciais e espirituais e sensuais, aqui no meu quarto e com leve humor na voz quase cantando soa-me igual a sonora e ruidosa poética sensação-informação que ecoa em meus ouvidos nascida das pororocas de imagens e semânticas, dicas e toques, mirabolantes paisagens de suas inspirações. é como um grande rio amazonas este livro com seus igarapés e sua bacia de imaginação e dedicação à revolução da humanidade que este rajnneshiano iluminado poeta além zen budista além tropicalista muito democraticamente nos traz.

nota: a incrível importância dada aos nomes e o respeito profundo que esta sabedoria do mestre rajneesh nos ensina em relação às emanações fluídicas e quadri-dimensionais do espaço-tempo traduzidas sempre em palavras nos dá a dimensão da relação de autor-ator-ecritor-criatura humana deste livro. nomes próprios que são pura poesia viva-ativa a brilhar como uma auréola de luz em cima das pessoas-criaturas-discípulos que assim rebatizados mergulham naquela meta-tema-proposta de nietzsche e/ou marx que diz: "nossa meta é fazer com que a própria vida do homem e da mulher se transforma em permanente incessante obra de arte".

axé!

jorge mautner
rio, 3 de fevereiro de 83.


prefácio do "pa" - livro de poemas do satyaprem,
editado por paulo coelho,
lançado no rio de janeiro, em 1983.

domingo, setembro 4

aqui e agora




Buda não é uma idéia.
Buda é Verdade.
Buda é Existência.
Buda é transparência.

Buda está aqui e agora.

O Buda é transparente a você, aqui e agora.


Satyaprem


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sexta-feira, agosto 26

quando há verdade...




quando há verdade
não há você
e quando não há você
não existem opiniões
de como, o que, deve ser...

satyaprem


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quarta-feira, agosto 24

buda


uma criança é um buda que não sabe que é um buda.
um buda é uma criança que sabe que é um buda.

satyaprem
retiro em avaré - 20/08/2005

domingo, agosto 7

espejo vacío

En el más intimo del ser, nada ocurre.
Es solo paz, silencio.
En la periferia, todo ocurre.
El eterno fenomeno del va y viene,
ocurriendo y no-ocurriendo.
La noche sucede al dia y viceversa.
La única certeza es la diferencia,
siempre el nuevo, siempre otro.
La primavera, el verano, el otoño, el invierno,
sucesión de eventos, experiencias...
Todo siendo percibido.
Y aquello que es percibido no es lo que percibe.
Viene el amor y se va.
Viene el miedo y se va.
Pasa un pájaro.
Pasa el pasado.
Pasan nubes y el cielo permanece impasible, silencioso.
Asi, un espejo vacío,
el ser mira el eterno movimiento
de los vientos y de las velas.
Uno en todo...

Satyaprem

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quarta-feira, agosto 3

O que sou é liberdade em si




Tu dirias que és um homem livre?
Satyaprem - O que sou é liberdade em si, nem homem, nem mulher.

Um lugar ideal para viver...
Satyaprem - Aqui e agora!

Um dia perfeito é...
Satyaprem - Todo o dia...

Meu lema de vida é...
Satyaprem - Um mistério a ser vivido, não um problema para ser resolvido (Osho)
Sou contra...
Satyaprem - Ser contra...

Sou a favor...
Satyaprem - Ser a favor, deixando o rio da vida me levar...

O ser humano para ser feliz deveria...
Satyaprem - Descobrir quem ele é!
Em entrevista à Elisa Dorígon, Jornal Em Aquarius, Outubro/2003
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segunda-feira, agosto 1

formas se iluminam


pleno de transparência,
formas se iluminam.
o limite é perfeito,
nada a fazer senão descalçar o ido.
de dentro do esquecido
nasce o reencontro,
flor de uma semente conhecida,
botão ao vento vindo.
um simples movimento.
satyaprem

sexta-feira, julho 29

verticalmente no instante



agora, dizer o que mais fundo me toca, a verdade, essa coisa que sua comigo,
que dorme comigo, que sonha, que anda, desanda, poemas escreve,
se encanta, desdobra-se em mil sombras e alimenta o prazer de se manter feliz
e inteiro quando todos os cacos já não grudam, quando a palha já era,
quando as cartas colapsam, quando os amigos partiram e queridos se foram,
quando nem mesmo as lágrimas adiantam, quando nem o riso inebria,
quando a sensação de estar é meramente a materialidade de um casaco sobre os ombros, quando nem resta esse sentido de pertencer ou de possuir, quando tanto faz, tanto fez.
no entanto, sem remorso, tristeza ou saudade mas um profundo ser
no instante eterno do aqui e agora.
verticalmente no instante.
vertiginosamente silencioso, integrado as mais finas frequências,
música esferal, sem fim nem começo, transcendental.
satyaprem

quinta-feira, julho 28

a porta


muitos buscam a porta
e no buscar a perdem,
por ser ela feita de consciência,
de matéria acordadea.
um sonho sonha uma porta sonho!
é preciso acordar,
navegar é preciso.
in let go, deixar ir.
sonhar a porta é só mais outro sonho.
satyaprem

terça-feira, julho 26

além das palavras

entrem e sentem.
conversaremos os pés.
sobre o nada.

Sobre o que nós temos que falar, só os seus pés irão entender.
E quando chegar à cabeça... estará além das palavras.
SATYAPREM